Esse vídeo simboliza o comportamento humano em tempos difíceis. Imagine a humanidade como uma grande família. Vamos imaginar que as pessoas podem ser divididas pelo seu comportamento em momentos difíceis em quatro grandes grupos. Cada um desses grupos está simbolizado pelos personagens: pai, mãe e cada um dos dois filhos.
Na maior parte do tempo a vida é uma experiência comum que entretêm as pessoas que se reúnem em seus espaços. No vídeo esses espaços são mesas com famílias que se alimentam e conversam. Cada mesa nesse vídeo poderia representar uma cidade, um país ou mesmo um continente.
As pessoas seguem preocupadas com suas pequenas coisas. Para o pai a comida está uma delícia. Já a menina se queixa pela falta do queijo parmesão. A mãe para de comer e passa a procurar o parmesão sobre a mesa e logo olha para os lados procurando um garçom para resolver o problema.
Tudo é comum em um dia comum até que a preocupação com a falta do parmesão da filha é interrompida por um estrondo. “O que é isso?”. Algo maior está acontecendo.
O pai, sem qualquer preocupação, pega a sua câmera e começa a filmar o “grande evento”.
A mulher preocupada pergunta se aquilo não é uma avalanche.
O pai diz que sim, mas acrescenta que aquilo é uma avalanche controlada.
Ele parece empolgado com a violência do evento.
A mulher demonstra preocupação e pergunta se aquilo que está acontecendo é realmente seguro.
O pai afirma que a situação é segura. Ele tem a crença de que se trata de um evento planejado por alguém, ou seja, nada precisa ser feito pois devemos confiar nos conhecimentos, habilidades e na autoridade de todos aqueles que são responsáveis por esse violento evento. É a ideia de que “nossos superiores sabem o que estão fazendo”.
Simbolicamente podemos imaginar que essas pessoas que “sabem o que estão fazendo” são nossos governantes, são nossos cientistas, médicos, juízes, jornalistas, analistas ou qualquer um que possua algum tipo de poder ou conhecimento acima dos nossos em alguma área.
Mesmo assim a mulher diz que aquilo não parece ser um evento controlado, mas sim algo totalmente fora do controle e por esse motivo é perigoso.
Nessa altura as crianças já estão desesperadas. Eles já perceberam que um dos dois está completamente errado. Pouco importa as opiniões dos pais nesse momento. O menino é o primeiro a entrar em pânico enquanto o pai repete várias vezes que está tudo bem, mesmo já percebendo que alguma coisa não está bem. Ele chega ao ponto de impedir a fuga do filho segurando no seu braço enquanto repete que está tudo bem. Isso é o que geralmente acontece nas situações difíceis quando as pessoas são tratadas como se fossem crianças.
Somente quando todas as pessoas começam a correr é que o pai solta o filho, se agarra nas costas de um estranho e sai correndo enquanto a mãe grita pelo marido protegendo os filhos com o próprio corpo.
Quando o pior momento acaba as pessoas voltam para as suas mesas e seguem como se nada tivesse acontecido.
A menina pergunta pelo pai. A mãe parece irritada e a ordena que apenas se sente.
O pai é o último a voltar e tenta demonstrar preocupação com suas palavras, já que não demonstrou a mesma preocupação no pior momento, quando foi o primeiro a fugir.
Tudo parece voltar ao normal. Até já podemos ver o sol.
Agora reflita: “Quem sou eu nessa mesa?”